Quando me encontro entre as paredes de uma livraria,
esqueço-me que existe um mundo no exterior. No momento, basta-me aquele que
partilho com o livro que folheio. O
revirar das páginas anestesia-me com o aroma a letras e a imagens impressas.
Primeiro
foi pela literatura, mas ao longo do tempo dei por mim a apaixonar-me pela
fotografia. A par das palavras projectadas
pelos grandes nomes da escrita, aprecio em larga medida aquilo que podendo ser
considerado o oposto – as imagens divulgadas por nomes desconhecidos – é, para
mim, um acabamento. Um bom romance enriquece
o intelecto, uma boa fotografia engrandece a criatividade. Mais que isto gosto de partilhas e de
conceitos ou de conceitos assentes em partilhas, gosto de estilos de vida e
estados de alma e por isso os livros se atropelam lutando para granjear o estatuto de preferidos.
Nunca nenhum o
conseguirá. Gosto demasiado de demasiada coisa. Jamais serei singular. Hoje, este é o livro de destaque, amanhã caberá a outro a distinção.
Sem comentários:
Enviar um comentário