Aquilo que me inspira, levo para casa.




29.8.13

Palavras livres

Não sei desde quando sou assim. Provavelmente desde sempre. Mas acho que não. Acho que me tornei. Ou que aprofundei. É isso. Não sei desde quando aprofundei esta minha forma de ver. O mundo. Tudo. Com a avidez que tudo me parece merecer. Com o enlevo que lhes dou. Ah, o mundo. A vida. Os outros. As coisas. Os sentimentos. As sensações. Todos os dias faço por me encantar. Por me deixar inspirar. Por conhecer. Saber. Ver. Ver muito. Olhar. Absorver. Quase sempre consigo. Há vezes que não. Ah, a frustração. Mas renovo as forças. Sempre. Não paro. Há tanto para ver. Tanto para ler. Tanto para conhecer. Não chegarei para tudo. Não tenho olhos. Ouvidos. Sentidos. Para tal. Quero abraçar. Não tenho braços. Mas tenho a vontade. E isso é tanto. É tudo. Enquanto a tiver estarei segura. Guardarei comigo o mundo.


28.8.13

Arte

Nas minhas férias ainda fui a tempo de ir ver a exposição da Joana Vasconcelos ao Palácio Nacional da Ajuda. Já conhecia algumas das peças da obra da artista portuguesa mas voltei-me a encantar com o seu trabalho. O Palácio é um facilitador de qualquer exposição mas a qualidade do trabalho e a criatividade da autora fazem-se bem notar.

É tão bom saber que a arte em Portugal está em boas mãos e não me cinjo obviamente à Joana Vasconcelos sendo que o seu reconhecimento internacional servirá para mostrar que em Portugal há muito mar, incluindo de talento.

As fotos são minhas, roubadas à pressa para um registo que fica aquém do real. Mais abaixo um link para outras fotos tiradas por profissionais.









Mais fotos aqui.

knocking on freud's door

É engraçado imaginar que em vez da objectiva de uma máquina é o olhar de Freud que me observa por detrás da sua porta.




27.8.13

No calor de Viena

Nunca pensei conhecer Viena debaixo de um sol escaldante. Era branco, o imaginário que eu detinha desta cidade. Nada que incluísse calções nas pernas e pés refrescados em fontes. Mas foi assim que a conheci. Eu, ela e o calor que, qual bom anfitrião, nunca nos abandonou. Nem quando a luz do sol se despedia.

Esta cidade culturalmente rica, de uma centralidade geográfica que mete (alguma) inveja à periferia europeia, é uma cidade simpática e convidativa. Sabe ser imponente e simples em simultâneo. É verdade que não vim perdidamente apaixonada por ela mas locais houve que gostei especialmente e que por isso já ficam na minha memória. 

Afinal de contas somos nós que tornamos as cidades e as viagens especiais. Os locais contam, obviamente, mas os momentos importantes são fabricados no pessoal e por vezes naquela rua, onde aos olhares mais crus nada parece existir que valha especialmente a pena, pode ter existido uma qualquer partilha que eternizará o momento.