Aquilo que me inspira, levo para casa.




7.3.13

Detalhes

Londres. Londres em detalhes.

A beleza das coisas está escondida nos detalhes, daqueles que escapam à miopia dos que passam olhando sem ver, deambulando sem reparar. Gosto de neles me perder para os reencontrar na esquina seguinte expostos ao mundo- uma janela que se deixa enfeitar, uma porta que esconde segredos, um puxador que aguarda quem o toque, um relógio que avisa que o tempo existe, um candeeiro que adorna a luz que emite, uma escada cujos degraus sobem na elegância. Tudo é capaz de resistir à passividade com que se olha quando, para além do olhar, se admira.








Andar à toa, seguir os passos em ruas aleatórias, espreitar as montras que se exibem, visitar o local que se queria e acabar a descobrir outro que ditará a passagem numa outra viagem. Espaços que se acumulam na memória, memória que se estica para dar colo à imensidão que se quer guardar, ganhar mundo e perder a conta do quanto se ganhou porque o muito não se contabiliza, somente se sente.





As cidades são isto, seres holísticos, com vida própria, capazes de ser amadas e de fazer amar. Doem no desapego, incomodam na distância, apaziguam quando lembradas. Os detalhes, esses ficam. Os meus, deixo-os por aqui.



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