Aquilo que me inspira, levo para casa.




21.3.13

Primavera!





Gosto tanto da primavera como de pão para a boca. Às vezes, mais pelo que imagino que ela possa dar, do que por aquilo que realmente me oferece. Porém, imaginar que os dias longos e bonitos estão para chegar, e ficar, e que toda a natureza se enfeita e desfila como numa passarela, traz-me uma espécie de tranquilidade e de confiança.

Os dias turbulentos que o pais e o mundo atravessam têm competido para extravasar toda a poesia que possa existir no dia-a- dia. Se já é difícil treinar os olhos para ver beleza no quotidiano, tornar-se-á quase impossível extrair alegria a dias que se caracterizam por más notícias, conjecturas assustadoras, desesperança e descrença.

Por isso a primavera surge como um pequeno reduto de esperança, como uma gaveta de sol num móvel cuja madeira ameaça abolorecer.  Como o quentinho que tanto precisamos para aquecer os nossos pensamentos mais frios.

Obviamente, que quando neste preciso momento em que escrevo, olho para a janela e o tempo contradiz todas as palavras que aqui lancei, me sinto defraudada nas expectativas mas sei que até a chuva e o frio se irão reverenciar perante a primavera ou não fosse ela a responsável por anunciar a chegada de dias que se imaginam bons.

Sem comentários:

Enviar um comentário