Aquilo que me inspira, levo para casa.




14.6.14

Santos populares


São dias de festa e de nostalgia. Festa porque os santos populares sabem ser anfitriões como ninguém e põem na rua milhares de pessoas à procura das sardinhas assadas (que não estavam más de todo) e dos manjericos coloridos e com rimas que seguem os tempos actuais (já não se resumem aos amores os versos de santo António, há quadras cujo tema é a troika, revelando que os santos podem não fazer milagres mas não se demitem de se saberem actualizados). Nostalgia porque os santos populares são tradições de infância, prelúdios de férias e de tempo quente, mistura de fogueiras e de balões que, entranhados na memória, fazem um querer manter esta tradição. Mantenho a minha preferência por alfama, porque também este bairro se encontra ligado a um passado que me pertence e que por isso me faz não querer percorrer outros caminhos que não o entrançado dos seus becos, escadas e ruelas, quase irreconhecíveis nestes dias porque ganham a cara dos muitos que por lá passam e ficam na folia. 




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