Aquilo que me inspira, levo para casa.




26.9.14

Já?

Só sei é que para a semana é Outubro e parece que eu ainda não vivi o Maio, o Junho, o Julho e o Agosto. Vou tentar aproveitar o que resta de Setembro para não dizer que o Verão não passou de uma convenção, mas a realidade é que este ano, mais do que em qualquer outro, embora todos os anos o repita, o tempo pareceu querer passar-nos a perna no sentido de não deixar que o apanhemos e que o interpelemos devidamente. Que correria foi esta? Com o Verão em desmaio os dias pareceram querer fugir de uma epidemia de céus plúmbeos. Não esperaram por mim, nem pelas praias com águas quentes, nem pelas noites cálidas com braços aquecidos somente por alças finas. Que tempo é este que não se coaduna com a paciência, que foge por atalhos e salta barreiras para chegar mais depressa ao seu próprio fim.  Este Verão foi estranho, estes meses foram esquisitos, apesar do rol de coisas boas que fiz, das novas experiências que pude realizar, das primeiras vezes que não serão com certeza as últimas, tudo me pareceu decorrer demasiado depressa, uma canseira de músculos inertes, um turbilhão de segundos que agastaram relógios sem que estes andassem mais depressa. Não digo para o tempo voltar para trás, o futuro traz sempre coisas boas, ainda que as más também por vezes se lhes apeguem, mas peço ao tempo que vá com mais calma, assim em andamento de passeio, como se andasse a ver montras ou a tirar fotografias, ou a saborear um bom café (ou um gin, vá, para ir ao encontro das tendências!). Vamos com calma, tempo, que viver em pleno dá trabalho e toda a ajuda é bem-vinda. 

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