Aquilo que me inspira, levo para casa.




30.12.13

Balanço de actividades 2013

Despeço-me de 2013 numa dicotomia de sentimentos. Se por um lado é um ano que se quer ver pelas costas, foi também, por outro, um ano que me mostrou algumas coisas de frente. Foi um ano de crise, de sacrifícios, de escolhas forçadas, de desemprego em demasia, de gente desesperançada e desesperada, de familiares apartados, de amigos afastados.  Houve excessivas más notícias vinculadas por uma classe política que se tornou desacreditada, os valores democráticos tornaram-se trémulos, a falta de esperança e de oportunidades ditaram uma falta de confiança nas estruturas sociais tornando o país, já de si vulnerável, num recipiente de pessoas descontentes e desmotivadas. 

Mas é verdade que a crise se pode revelar uma oportunidade, pelo que apesar das diversas dificuldades, posso com facilidade concluir que sinto que me emancipei enquanto pessoa no sentido de ter avançado no caminho de uma maior aceitação pessoal, de trilhar o meu próprio desenvolvimento pessoal, de me abrir para uma realidade que é muito mais ampla do que as pequenas janelas que teimava em abrir à vez. Tenho muito para percorrer, para descobrir, para melhorar, mas a tomada de consciência é o passo mais valioso de todos, a marca do nascimento de algo que, se for a bom termo, irá crescer, amadurecer e autonomizar-se. Tenho muito a agradecer por nos tempos menos bons me ter sido permitido manter o meu status quo, ainda que com alguns desequilíbrios e fragilidades, por ter conseguido manter a força para amparar as minhas quedas e principalmente as dos que me estão próximos. Sem ressentimentos, de maior, aguardo o sucessor do ano que agora termina, com ideias mais concretas, pensamentos mais organizados e construtivos que espero poder vir a fortalecer. A criação de raízes para florescer no sentido de uma construção activa da felicidade é talvez o contributo mais forte deixado a mim mesma durante este ano.



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