Aquilo que me inspira, levo para casa.




9.2.14

:: pormaiores ::

Apesar do gosto por sair de casa e por fazer programas onde se inclui a descoberta de novas atmosferas e se cultiva o conhecer algo novo todos os dias, há pequenos rituais com que gosto de guarnecer os meus fins de semana, pequenos detalhes que me fazem reconhecê-los como dias de verdadeiro descanso, como se formalizassem a clivagem entre os dias úteis e os dias que, não sendo úteis para a sociedade produtiva, são-no com certeza de bastante utilidade para mim. Tenho dois grande amores de fim de semana. Um deles são os mercados, as frutas e as flores, a sensação de trazer a natureza na cesta, o transporte das cores para dentro de casa, a jarra que de um momento se ri, as bancadas que se afogam em arco-íris, os gatos que se juntam à festa e as palavras que quase me parecem audíveis no ar vibrante que circula. 





O outro amor são as letras, verdadeiros símbolos de estimação, guardadas por entre a shortlist das minhas melhores amigas. Há o livro que sempre me acompanha mas existem, sobretudo, as revistas espalhadas pela casa. As vindas de mais longe e as compradas na livraria do costume. Gosto que elas ocupem vários recantos da casa, fazendo por manter intocável a sensação de as ter sempre à mão, prontas a serem folheadas a qualquer momento de pausa. Poder ser infiel à ordem de leitura, escolhendo o início, meio ou fim para explorar o seu conteúdo, poder parar e retomar, são excelentes complementos à inércia, ao fluir dos dias que se querem lentos. 



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