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Conciliar o meu lado foodie com uma
alimentação saudável, sustentável e equilibrada, nem sempre é uma tarefa fácil
não só pela vertente cognitiva (há algumas dissonâncias que, tal como certos
alimentos, custam a digerir) como pelo lado prático da situação. Quando
se gosta muito de comer e de experimentar novas fusões gastronómicas; quando são verdadeiros guilty pleasures a descoberta de novos conceitos e atmosferas em matéria de restauração; quando se segue diariamente magníficos e inspiradores blogues culinários de cozinha de autor e fotografias sublimes sendo o foodstyling algo que verdadeiramente aprecio; quando se consome,
quase em exclusivo, programas televisivos dedicados ao tema; só posso concluir
que a comida é para mim muito mais que uma questão de sobrevivência. É um estilo de
vida. Uma vertente hedónica da minha existência. Por tudo isto, gerir não só as
calorias ingeridas, como o tipo de alimentos a consumir, pode ser algo que
requer planeamento e uma intenção vincada. Ora se o último requisito já está
assegurado, dado que é definitiva a minha decisão por melhorar a alimentação,
já para o primeiro me encontro em fase de estágio e de aprendizagem plena. Há
muito que tenho preocupações com a minha alimentação e com o tipo de alimentos
com que forneço a despensa mas estou decidida a melhorar os meus conhecimentos
sobre o tema e a alargar a minha área de actuação. Esta resolução de ano novo
surgiu não só porque me quero sentir melhor, mais saudável e mais enérgica, mas
também porque nutro preocupações pela sustentabilidade do planeta às quais procurarei responder na medida do possível. Não quero,
contudo, alterar em demasia, o meu estilo de vida, quero antes aproveitar
as vantagens que o meu lado foodie me oferece já que o facto de se ter um
gosto ecléctico pela comida permite que a diversidade não seja um problema e que a inclusão de novos alimentos e formas de os preparar, possam ser vistas com interesse e curiosidade.
São estes os princípios que procurarei implementar
para fomentar a integração de uma alimentação saudável no meu dia-a-dia:
- Não me privar totalmente de nenhum alimento mas gerir bem as prioridades, substituindo alimentos não aconselháveis por outros mais saudáveis. Nada de princípios fundamentalistas, a razoabilidade e o equilíbrio serão a chave;
- Introduzir novos alimentos saudáveis na alimentação não me cingindo ao óbvio e à zona de conforto;
- Fazer um planeamento correcto das refeições evitando escolhas de impulso e proporcionando refeições ao meu gosto e com os alimentos certos;
- Estabelecer algumas regras que facilitem as escolhas e que vão ao encontro de comportamentos saudáveis mas, e muito importante:
- Permitir-me quebrar regras de vez em quando, não significando isto que as quebre sempre que possível mas somente que me é permitido fazê-lo (não há nada pior que síndrome de privação, ainda que este possa ter duração limitada);
- Considerar esta mudança como um processo de aprendizagem contínua, sem alterações demasiado bruscas que comprometam a motivação mas assente na evolução por pequenos grandes passos.
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