Aquilo que me inspira, levo para casa.




24.3.14

:: dias meus ::




O local, sem dúvida, ajudou. A companhia, foi fundamental. Ambos, tiveram primazia na tarefa de me desconectar do mundo que, naqueles dias, ficou para trás. A natureza, soube embalar e afinar algo que, já por si, pouco fugia do tom.  De resto, foram os livros, os momentos calmos, as conversas sem agenda, o fluir no tempo, a comida perfeita, os sorrisos alheios, os sons que se ouvem ao longe, os objectos tocados de perto, os acordares em ambiente de magia e as imagens que não se consegue deixar de fotografar.  Nestes dias assim, alheio-me de todos os outros dias que, sendo meus, nem sempre me pertencem na totalidade. São também dias de outros já que são esses outros que me impõem muitas das acções que tenho de cumprir, muitos dos rituais que, numa obediência nem sempre voluntária, tenho de concretizar. Por isso venero os dias que são só meus por direito e por natureza já que só de mim dependem e para mim se deixam fluir. Nem sempre é fácil esta evasão, quase sempre necessita de paredes diferentes das que habitualmente me acompanham e de alguns quilómetros percorridos na estrada. Para mim, o ambiente que dista é aquele que verdadeiramente nos limpa dos restos dos outros dias. Daqueles que não são meus por inteiro. Daqueles que têm demasiado dos outros sem que estes se importem se o meu espaço é mantido. Estes, pelo contrário, foram dias meus, cheios de mim e repletos de nós.








Todas as fotos foram tirados no Cooking and Nature Hotel, nos Alvados

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