Aquilo que me inspira, levo para casa.




9.3.14

:: o sol, ainda assim, é o melhor artista que conheço ::



Diga-se o que se disser, há festa nos dias de sol. Principalmente quando os dias anteriores nos encerraram em trevas.  Fartos de céus que derramam lágrimas, este foi um fim-de-semana de soltura, de pôr em dia as necessidades de um espírito que gosta de ir ao encontro das novidades e de um corpo que quer sol a aquecer as suas artérias e ruas para exercitar os pés.   Foi assim, este sábado, pelas ruas de Lisboa. A cidade juntou-se à festa de cada um e, num colectivo urbano, conseguiu oferecer ruas animadas, amareladas pela luz do sol. Se houvesse vozes nas calçadas acho que conseguiria ouvir um cantarolar alegre de quem mata saudades daqueles que passeiam. Não havendo vozes, vi muitos corpos descontraídos, sentados pelos jardins, mantas a servirem de colchão em camas de relva, livros pelo colo, músicas privadas junto aos ouvidos de cada um. Mas não só de Lisboa rezou o fim-de-semana. Os restos de sol foram apanhados em Cascais onde fui conhecer um projecto bem interessante, ou não incluísse este arte na sua essência. A Cidadela Art District é uma iniciativa do Grupo Pestana, que tem lugar na Pousada de Cascais a qual albergará um novo espaço para a criação artística em Cascais - um Distrito Artístico – cujo objectivo é trazer a arte contemporânea ao dia a dia dos habitantes através de um programa regular de exposições. Na sua abertura contou com vários opens studios, galerias e com alguns dos quartos da pousada contendo intervenções artísticas de artistas convidados.  Um ponto de passagem que com toda a certeza passará a ser obrigatório no meu roteiro cultural.


Nota: A intervenção da imagem de cima é de Paulo Arraiano, a da imagem de baixo é de Bruno Pereira. Ambas estão inseridas em quartos da Pousada de Cascais.

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