Aquilo que me inspira, levo para casa.




16.7.14

:: e/ou ::

Nunca fui, e dificilmente serei, fundamentalista. Gosto de ligações, de fios condutores de "es". Jamais acharei que a razão se encontra instalada de um só lado e que ao outro cabe somente assumir a sua ausência. Ser fundamentalista implica estar única e totalmente de um dos lados da barricada nunca se isentando desse comprometimento absoluto. Como no fundamentalismo só há “ous” o mínimo deslize aos seguimentos de uma vertente implica que tacitamente se esteja do outro lado.  Ou se é amigo ou se é inimigo. Ou se ama ou se odeia. Ou se defende tudo ou não se defende nada. Não consigo ter para mim este absolutismo de opinião. Sou demasiado relativista ainda que convictamente. Porque não confundo convicções com fundamentalismos. Existem demasiadas áreas cinzentas para que somente o preto e o branco sejam defensáveis . Sou mais por encontrar a virtude ainda que não no meio, pelo menos no caminho entre uma ponta e outra. Aprecio verdadeiramente o acto de encontrar a ligação entre as coisas, de testar o contraditório, de confrontar as verdades encarnando o papel de “advogado do diabo”. Não, o fundamentalismo não me assenta. É demasiado próximo da intolerância.  Amigo chegado e confidente. O tudo ou nada assusta-me. Já o equilíbrio, é algo perfeito.  

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