Aquilo que me inspira, levo para casa.




30.10.14

Do fecho de ciclos

Embora saiba que a vida se desenrola em ciclos, a aceitação de tal facto nem sempre é feita de forma pacífica. Não são raras as vezes em que o fecho de um ciclo me deixa melancólica e a precisar de algum tempo para me recompor da inevitabilidade do momento.  Ser-se apegada a determinadas coisas, podendo ser objectos, locais, hábitos, é algo que deveria ser feito somente de forma comedida sob pena de se sentir os efeitos da privação quando o tal ciclo se conclui. Essa moderação requer aceitação e esperança no futuro e nos novos ciclos que este pode trazer. Por enquanto ainda não aprendi a encarar com leveza tudo aquilo que acaba quando para mim a continuidade parecia ser possível, mesmo nas situações em que não tenho qualquer mandato para opinar acerca da pertinência de uma continuação. E atenção que não falo aqui de amores, de amizades e de fechos de ciclos de relacionamentos interpessoais. A esses cabe um processo ainda mais complicado, mas com uma legitimidade diferente da que aqui me queixo. Falo de ver encerrar ciclos que dizem respeito a aspectos mais suaves da existência e que por isso mesmo deveriam dispensar naturalmente a hipervalorização dos mesmos. 

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